segunda-feira, 17 de outubro de 2011

16 de outubro

Pra variar saímos cedo hoje do Porto.
Estava um pouco frio e nossa primeira parada foi Aveiro, famosa por seus doces e pelos canais.
Claro que eu não comi os doces, porque depois do Dom Rodrigo, que Nery e eu "quase" comemos no sul de Portugal, com um cheiro de ovo do caralho, fiquei um pouco traumatizada.
Mas os canais são lindos e tem um monte de barco, onde as pessoas fazem passeios (apesar de que os canais são estreitos).
De Aveiro fomos para Coimbra.
Engraçado... desta vez eu fiquei muito emocionaqda em Coimbra, o que não aconteceu quando eu fui com Nery. Não sei se foi porque Nery é uma palhaça, além de uma excelente companhia ou por causa do clima, mesmo.
Tinha uma turma de graduandos em farmácia fazendo campanha para arrecadar dinheiro para a formatura. Não dei muita bola para aqueles que estavam vendendo canetinhas e marcadores de livros, mas tinha tipo um conjuntinho musical na entrada da Faculdade de Direito que me emocionou.
Não sei se gostei das músicas - acho que nem entendi porra nenhuma das letras que eles cantavam - mas aquilo tudo me tocou. Talvez eu tenha ficado lembrando da minha campanha para formar na Milton Campos. No ano que vem, em dezembro, faço 30 anos de graduação... talvez tenha sido a lembrança da rifa do ovo de páscoa gigante, da bicicleta e de um morfético de um bonequinho (acho que era um bonequinho mesmo) que era rifado todo dia. Quem ganhava a prenda devolvia e a gente rifava de novo no dia seguinte.
De Coimbra para Fátima.
Aqui a Wanda contou uma historinha de porque a cidade se chamava Fátima e tinha gente falando comigo na hora e eu não entendi. Cobrei, mas ela tava ocupada e eu acabei esquecendo. Vou ver se encontro na internet. É uma daquelas historinhas românticas que eu adoro.
Fátima, inicialmente, estava prevista para ser visitada no dia 12 de outubro, mas a Wanda ponderou que como era próximo do dia 13 (que marca as aparições) a cidade estaria muito cheia e acabamos deixando para a volta.
Como sempre, muito emocionante, apesar de já ser a terceira vez que eu ia lá.
Desta vez com um lance diferente do que eu tinha visto nas outras vezes: a procissão. Tirei umas fotos da procissão e confesso que fiquei especialmente emocionada com um pai, de joelhos, com o filhinho bebê no colo, pagando promessas, do início do caminho até a Cova da Iria.
Mas, por incrível que pareça, o que mais me emocionou naquelas pessoas que eu via pagando promessas não eram os que estavam de joelhos e que tinham se comprometido, pela fé, a fazer algum sacrifício para Nossa Senhora. O que mais me tocou foram aquelas outras pessoas que se colocavam do lado do penitente, segurando-lhe a mão e seguindo com ele o caminho... numa demonstração de que, nem naquele sofrimento físico auto-imposto, aquela pessoa não estava sozinha, que tinha alguém do lado com quem podia contar. Me senti muito só! Fiquei refletindo se eu não teria feito da minha vida interior um exílio e se disto não tivessem resultado minhas relações desiguais e malfadadas.  E basta! Não preciso fazer outros comentários. Quem me conhece sabe!
Estação de Aveiro, com os painéis de azulejo

Segundo um rapaz que viajava com a gente, é o Bob Esponja

Os barcos coloridos no canal

também

Os cantores de Coimbra

Procissão em Fátima

Aqui a "ala" dos padres

Nenhum comentário:

Postar um comentário