sábado, 10 de setembro de 2011

Ainda 09 de setembro

Fiquei umas 7 horas na rodoviária de Algeciras... fiz de tudo para o tempo passar depressa. Depois que a gente tá na estrada quer chegar logo "em casa".
Falei com Diego pelo skype e com minha mãe pelo msn.
Tomei banho de paninho (hahahahahahaha... ruim demais!).
Depois que acabei de falar com a minha mãe fui lá embaixo fumar. Depois subi para comprar água.
Adivinhem o que aconteceu?
Claro que eu perdi meu computador... fiquei doidinha da silva, desci correndo e uma senhora que estava com duas crianças me disse que um rapaz da empresa Baleárias tinha encontrado e guardado.
Fui lá e peguei.
Aí lembrei que tinha esquecido minha água lá em cima... Puta que o pariu!!! kkkkkkkkkkkkkkkkk..,. sou muito lerda, mesmo.
Bom... 8:45 da noite... ônibus saindo e eu nem errei o lugar de pegar o ônibus.
Eu tinha de fazer baldeação em Sevilha, às 23:45 para chegar em Lisboa. Dá umas três horas de viagem.
O barulho do ônibus parecia aquele motorzinho de dentista e o motorista dirigia como se estivesse, realmente, usando o motor (ióoooooo... ióoooooo...)
Puta merda!
Não vai dar tempo de chegar... eu não sabia que eles esperavam.
Daí quando cheguei na estação do Prado, em Sevilha o ônibus tava lá, bonitinho, esperando.
De início, um motorista nó cego que não sabia nem olhar a passagem direito, mas, tudo bem! Tranquilo... entrei, sentei... o ônibus saiu e parou em outra estação...
Caraaaaaaaaaaaaaaalhoooooooooooooo!!!!
Que monte de gente pra entrar!!! Nem acreditei quando vi aquilo, porque tinha ouvido uma conversa entre os dois motoristas e entendido que estávamos de "overbooking", porque tinha entrado um cego com um cão-guia.
Fiquei na minha... tô vendo a movimentação lá na frente... pensei: vai dar merda!
De repente o cara chama: quem é Mônica Pinto?
Só podia ser eu, né?
Disse que eu tinha de retirar minhas maletas porque minha passagem era para o dia 10!
Puta que o pariu!
Mas eu tinha trocado a passagem.
Ele nem perguntou, nem quis ver minha passagem... já foi me mandando descer, com aquela conhecida cortesia e urbanidade portuguesa.
Filho da puta!
Eu disse que não ia descer... pensei: nem fodendo!
E ele: vai sim...
Num vou!
E vai!
Até que enfim o inteligente resolveu olhar minha passagem e viu que eu tinha remarcado.
Daí ele se ajoelhou aos meus pés e me pediu perdão...
hahahahahahahaha... brincadeira... ele cagou solenemente para mim! nem me deu confiança... e continuou naquela tarefa inglória de botar no ônibus mais gente do que ele comportava.
Naquela altura eu já tava com uma fome do caralho, porque não tinha dado tempo de comer no Prado.
Peguei as "galletas" de Zahra e matei a minha fome com goles daquela água quase esquecida junto com o computador.
Benditos biscoitos!
Uma hora depois que a gente saiu de Sevilha o pessoal disse que ia fazer uma parada de meia hora... desci, mijei... fumei... num comi nada, com o estômago quentinho dos biscoitos da Zahra.
Quando entramos dentro do ônibus para retomar o caminho vejo uma loureba perguntando pro motorista se ele falava inglês.
Pensei: deu merda de novo!
E num é que tinha dado?
Alguém pegou o dinheiro da loureba dentro da carteira. claro que ela desceu e deixou a carteira dentro do ônibus, né?
O motorista tomou providências enérgicas: andou até o fundo do ônibus e anunciou - Vou deixar avisado que há ladrões aqui!
ahuehuahuehauheuhauehua
gente! não dá pra acreditar
ainda bem que cheguei em Lisboa às 5 e meia da manhã e agora tô em casa.

3 comentários:

  1. Mônica, acordei e resolvi ler o seu blog.
    O início do meu dia está muito bom pois não paro de rir com os seus relatos.
    Bjs.

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  2. Marcelo, e olha que as histórias impublicáveis (exatamente por serem impublicáveis) não estão aqui.
    Temos de sentar um dia para eu te contar todas ela e aí, sim, você vai morrer de rir.

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  3. Puxa!! parece história do Indiana Jones, quantas emoções, e no final o que deu com o dinheiro da "inteligente".
    Eu tb queria ouvir as impublicáveis....

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