quinta-feira, 8 de setembro de 2011

06 de setembro

Hoje de manhã fomos visitar a kasbah de Ait Benadoud.
Pra mim, a mais linda do Marrocos.
Não sei porque, adoro aqui...
Claro que as subidas de escadas e rampas para mim são cada vez mais difíceis, mas ainda assim valeu o cansaço.
As fotos falam por elas mesmas.
De lá seguimos – sempre parando – para Marrakesh.
No caminho visitamos lugares lindos, como a estrada das kasbah, porque tem um monte de construções como estas... algumas em ruínas, outras inteiras, mas todas lindas e com a cara do Marrocos.
Chegamos em Marrakesh, Rachid me alojou no hotel e demos um tempinho para refrescar.
Não vou falar do hotel de Marrakesh... lindo!!!! Maravilhoso! Mas uma bosta! Acho que este foi o dia na minha vida em que tive a mais perfeita sensação de abandono. Não no sentido de estar abandonada por alguém, mas no sentido de se sentir absolutamente só. Ninguém aqui fala espanhol. É só francês ou árabe e eu  não falo nenhum dos dois idiomas. Senti que se eu morresse aqui não seria mais do que um evento sanitário. Engraçado isto... ruim esta sensação de não-pertencer e não importar. Já começo a sentir profundas saudades de casa.
O chuveiro estava com problema e a descarga também. Antes de sair o Rachid, sempre muito atencioso, deixou avisado e pediu para arrumar.
Fomos, então, para a praça de Marrakesh, com aquela passadinha básica no Cotovia, uma mesquita enorme que tem aqi.
A praça é, por si só, um evento. Cheia de gente, com encantadores de serpentes, adestradores de macacos, mulheres fazendo tatuagens nas mãos e um mercado enorme e movimentado.
No mercado eu quase me acabei de rir, porque precisava comprar uma bolsa de viagem, pois com o tajine que eu ganhei, minhas coisas não estavam cabendo na mala.
Achei uma que eu queria e o vendedor pediu 40 euros. Rachid ofereceu 25. Não teve negócio e ele continuou passeando tranquilamente.
Eu fiquei sem entender nada.
Na volta, passamos pela barraca de novo e o vendedor insistiu e meu sobrinho lindo resistiu. Fomos embora.
Quando já estávamos longe, o vendedor veio atrás gritando para vender pelo preço que o Rachid queria.
Fiquei rindo e imaginando se a Nery estivesse aqui o tanto que a gente teria rido. Mas ele tava tão bonitinho  passando direto, sem dar a menor pelota para o vendedor e o cara correndo atrás dele...
Tomamos um refri num terraço que tem por cima da praça, depois jantamos e ele me levou de volta para o hotel.
Quando ele foi embora e eu subi, verifiquei que as luzes do apartamento não acendiam.
Desci, busquei o cara com o meu péssimo francês e ele deu um soquinho naquele lugar onde coloca o cartão para fechar o circuito elétrico e o troço funcionou.
Tirei a roupa e me preparei para o banho, quando descobri que nada tinha sido consertado.
Botei o pijama por cima da pele. Desci puta da vida. Xingando em português, em espanhol e em inglês... hahahahahaha... ninguém entendia nada!!!
Puta que o pariu!
Que pessoal mais nó cego!
Aí arranjaram mal e mal e eu tomei banho.
Dormi feito um anjo.

2 comentários:

  1. Bem, nem tudo pode ser perfeito hahahaha
    Acho que enrolam bem, qaunto aos preços, isso me irrita, era a mesma coisa com os marroquinos na Espanha, começavam com o preço exorbitante e depois vão baixando, é um saco esse costume deles. Bem, os locutórios deles tb eram cheios de problemas com instalações, funcionamento, tudo meia boca...
    Bem , tudo vale são vivências inesquecíveis. Esse livro vai ficar um show.....
    beijocas

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  2. lá vem o livro de novo... kkkkkkkkkkkkkkkkk

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