sábado, 10 de setembro de 2011

06 de setembro

Hoje de manhã fomos visitar a kasbah de Ait Benadoud.
Pra mim, a mais linda do Marrocos.
Não sei porque, adoro aqui...
Claro que as subidas de escadas e rampas para mim são cada vez mais difíceis, mas ainda assim valeu o cansaço.
As fotos falam por elas mesmas.
De lá seguimos – sempre parando – para Marrakesh.
No caminho visitamos lugares lindos, como a estrada das kasbah, porque tem um monte de construções como estas... algumas em ruínas, outras inteiras, mas todas lindas e com a cara do Marrocos.
Chegamos em Marrakesh, Rachid me alojou no hotel e demos um tempinho para refrescar.
Não vou falar do hotel de Marrakesh... lindo!!!! Maravilhoso! Mas uma bosta! Acho que este foi o dia na minha vida em que tive a mais perfeita sensação de abandono. Não no sentido de estar abandonada por alguém, mas no sentido de se sentir absolutamente só. Ninguém aqui fala espanhol. É só francês ou árabe e eu  não falo nenhum dos dois idiomas. Senti que se eu morresse aqui não seria mais do que um evento sanitário. Engraçado isto... ruim esta sensação de não-pertencer e não importar. Já começo a sentir profundas saudades de casa.
O chuveiro estava com problema e a descarga também. Antes de sair o Rachid, sempre muito atencioso, deixou avisado e pediu para arrumar.
Fomos, então, para a praça de Marrakesh, com aquela passadinha básica no Cotovia, uma mesquita enorme que tem aqi.
A praça é, por si só, um evento. Cheia de gente, com encantadores de serpentes, adestradores de macacos, mulheres fazendo tatuagens nas mãos e um mercado enorme e movimentado.
No mercado eu quase me acabei de rir, porque precisava comprar uma bolsa de viagem, pois com o tajine que eu ganhei, minhas coisas não estavam cabendo na mala.
Achei uma que eu queria e o vendedor pediu 40 euros. Rachid ofereceu 25. Não teve negócio e ele continuou passeando tranquilamente.
Eu fiquei sem entender nada.
Na volta, passamos pela barraca de novo e o vendedor insistiu e meu sobrinho lindo resistiu. Fomos embora.
Quando já estávamos longe, o vendedor veio atrás gritando para vender pelo preço que o Rachid queria.
Fiquei rindo e imaginando se a Nery estivesse aqui o tanto que a gente teria rido. Mas ele tava tão bonitinho  passando direto, sem dar a menor pelota para o vendedor e o cara correndo atrás dele...
Tomamos um refri num terraço que tem por cima da praça, depois jantamos e ele me levou de volta para o hotel.
Quando ele foi embora e eu subi, verifiquei que as luzes do apartamento não acendiam.
Desci, busquei o cara com o meu péssimo francês e ele deu um soquinho naquele lugar onde coloca o cartão para fechar o circuito elétrico e o troço funcionou.
Tirei a roupa e me preparei para o banho, quando descobri que nada tinha sido consertado.
Botei o pijama por cima da pele. Desci puta da vida. Xingando em português, em espanhol e em inglês... hahahahahaha... ninguém entendia nada!!!
Puta que o pariu!
Que pessoal mais nó cego!
Aí arranjaram mal e mal e eu tomei banho.
Dormi feito um anjo.

Os palhacinhos

Muito fofo, este homem de azul

Camiño de kasbah talouet

Imitando a placa

kasbah Ait Benhadou

kasbah Ait Benhadou

kasbah Ait Benhadou

kasbah Ait Benhadou

kasbah Ait Benhadou

Fofo de bermuda

kasbah Ait Benhadou

Kasbah Talouet

Cutubia... Marrakesh

Refri em Marrakesh

Terraço na praça de Marrakesh

Um comentário:

  1. que lugares fantásticos e vc com um sorriso lindo.
    Eu acho que não aguentaria o deserto.

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