09 de maio - manhã

Manhã de segunda-feira, 09 de março. Decidimos comprar um passe do yellow bus de Paris, que aqui se chama L’Open Tour.

Aqui é um pouquinho diferente, porque tem quatro rotas e a gente pode pular de um ônibus para o outro e andar em todas as quatro rotas no mesmo dia.

Inicialmente pegamos a laranjadinha e fomos até Notre Dame. Lá eu me lembrei muito da minha mãe e até peguei um bagulhinho num  papel de missa rezada em latim. Lembrei, também da minha dinda, Tia Lelé.

De Notre Dame, já estávamos “locais”, daí pegamos o verdinho que faz o maior circuito.

Assim, de manhã, fizemos Saint Michel, Concorde, Champs-Élysees, George V, Trocadéro, Tour Eiffel (mas não descemos do ônibus), Vauban (meu médico da colonoscopia), Hotel dês Invalides e sua respectiva esplanada, e Madeleine.

Paramos na Madeleine para almoçar, porque já estávamos mortas de fome.

Primeiro foi a briga para decodificar os cardápios.

Gente, é muito difícil.

Por fim, paramos num lugar legal, que tem umas saladas num refrigerador e a gente pode pegar também sanduba e coca e sobremesa.

Eu peguei um sanduba de pão sírio (vem dois no mesmo pacotinho), uma salada, uma coca e uma sobremesa. Daí fui comendo, comendo, comendo... de repente senti que não cabia mais nada. No meu francês fluente, virei pra Nery e disse: “je suis estufè”.

Pra que, gente! Me deu um ataque de riso e quando eu imaginava que ia colocar isto no blog eu ria mais ainda.

Ri até chorar.

Consegui perguntar pra atendente onde era o banheiro e consegui entender onde era e fui pra lá. Nery atrás. Daí entrei no banheiro e tinha um bagulhinho legal pregado na parede, que parecia um bichinho daqueles de trocar neném, só que tava dobrado. Fiquei feliz de ter um lugar onde meter minha bolsa, o que fiz imediatamente. Já tava apertada pra fazer xixi e fui desabotoando o cinto, quando ouvi um barulho de vento, meio “vuuuuuuuuuuuuu”. Aí é que eu fui descobrir que o bagulhinho era de secar a mão.

Não deu outra. Mijei nas calças. E eu dava gargalhada dentro do banheiro e a Nery do lado de fora, claro.

Fiquei o dia inteiro me lembrando disto e tendo ataques de riso.

Tem de tomar café no biquinho pra aprender a falar francês

Eu descendo o Boulevard Montparnasse

Andando na rua, parecendo gente

na rua também

sentada no laranjadinho

Madeleine ao fundo

mais um acesso de riso

Em Notre Dame aproveitando a explicação da bichinha-guia-platinnum blonde-de camisa azul americana

Fundos da igreja de Notre Dame

Lateral de Notre Dame

Lateral de Notre Dame

Modelo de jardim pra Cuia

Notre Dame - Porta da frente

subindo displicentemente uma escadaria do Sena para a rua

putz... foi difícil tirar... bracinho de perereca