domingo, 21 de agosto de 2011

20 de agosto


Bom... vamos lá de novo...
Tudo planejado para ir pro Porto hoje, mas eu estava com uma intuição da porra de que eu ia perder o trem.  Não deu outra! Não sei por que cargas d’água meu celular desligou sozinho e não despertou.  Acordei às 8 da manhã, exatamente a hora que ele tava saindo de Santa Apolonia.
Daí fiquei pensando: seria isto um sinal divino para eu não ir para o Porto? Cheguei à conclusão de que Deus era um cara muito ocupado para ficar se imiscuindo na minha ida ao Porto. Vencida esta primeira neura – o que foi uma vitória pra mim – comecei a pensar, então, a que horas eu iria.
Tudo arrumado..,. tomei um banhozinho... tá... vou lá pelo meio dia.
E saí de metro azul pra Santa Apolonia.
E saí meio dia, mesmo, no AP – Alfa Pendular, que é um trem muito bacana.
A viagem foi tranqüila e tive de redimensionar a distância que eu achava que Coimbra ficava de Lisboa. Até então eu pensava que Coimbra ficava no meio do caminho entre Lisboa e Porto e, pelo que vi hoje, não é... é mais pra cima.
Cheguei no Porto quase às 3 da tarde (para quem ia chegar meio dia...), peguei um táxi em Porto Campanhã pra ir pro Hotel dos Aliados.
Eu sempre gostei de história (menos na época da D. Ione da Matta Machado, claro!) e escolhi o hotel por isto. Achei ele charmoso na internet e num lugar com muitos prédios históricos.
Quando eu cheguei aqui já não achei ele tão charmoso assim, mas o lugar ainda era legal (aliás, não sei como eles conseguiram  fazer este lugar parecer plano na internet).
Trâmites da recepção e como bem observou minha amiga Mariela hoje no Facebook, parece que os europeus todos estão de TPM: olhos revirados e narizes torcidos... eu diria que é mais uma síndrome de bosta no bigode... a pessoa te olha com aquela feição de quem está com um tolosco de bosta colocado bem debaixo do nariz... mas deixa pra lá de novo!
Então... cortesia européia na minha recepção  e descobri que a porra do meu hotel é um local livre de fumo! Puta que o pariu! Só eu, uma fumante inveterada, vou escolher um hotel onde não se pode fumar! Sou uma besta,mesmo.
As instruções da recepcionista me deixaram com a pulga atrás da orelha. Ela fez questão de frisar que eu não podia receber visitas no meu quarto... fiquei matutando se ela tava pensando que eu era puta, mas na minha idade, o máximo que a gente consegue, neste particular, é ficar puto da vida com alguém.
Well... subi pro apartamento e – segundo choque – meu apartamento era um apErtamento... lembrei da Ellen. Garanto que ela ia ficar deprimida se visse este quarto. Mas depois que Nery e eu ficamos naquele muquifo em Nápoles acho que me encontro vacinada para estas pocilgas.
Nem esquentei o apartamento, porque só tirei a calça jeans – tava um calor da porra – coloquei minhas inseparáveis Havaianas e fui pra rua. Queria testar o trajeto do hop on hop off daqui.
São três linhas e eu peguei a laranja, hoje, que roda pelos sítios históricos. Achei meio fraquinha a narração da mulher lá, mas os prédios são maravilhosos. Alguns lugares me lembraram muito Olinda e Salvador, principalmente os que eu vi perto do rio Douro.
Bom... tive uma panorâmica da cidade e achei legal. Amanhã continuo a exploração.
O yellow bus para aqui pertinho  e daí fica mais fácil. Amanhã vou rodar no rosinha, que faz os castelos. Vamu vê.
Lanchei – sabe que eu não almocei hoje? – e voltei aqui pro hotel.
Descobri que esqueci de trazer adaptador para recarregar o celular. Putz! Como é que eu vou fazer (e nem adianta dizer que é para ligar ele no computador, porque eu esqueci de trazer o cabo, também... assim como esqueci de trazer o cabo da cam para descarregar as fotos). Tem problema não... são só dois dias.
Vou tomar um banho agora, me arrumar que nem gente e descer daqui a pouco para ver se como uma comida de ser humano. Tenho trauma de passar fome em hotel de noite e neste meu aqui não tem nem frigobar no quarto.



Eu adorei este casario


Taí meu hotel

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