quarta-feira, 31 de agosto de 2011

31 de agosto

Bem, povo, já tô no Marrocos.
A viagem é até boa... peguei o ônibus na gare do Oriente e de lá fui até Sevilha. Em Sevilha esperei umas duas horas e depois, mais duas horas e meia de estrada e fui parar em Algeciras.
De Algeciras a Tarifa, que é de onde pega o ferry.
Peguei 3 fusos horários de ontem para hoje: o de Portugal, 4  horas a mais do que o do Brasil, o da Espanha, cinco horas a mais do que o do Brasil e agora estou no do Marrocos, onde são três horas a mais do que no Brasil... é muito esquisito... ainda não consegui me situar no dia...
Cheguei aqui no Marrocos às 09:30, mais ou menos (horário local), vim pro hotel e tomei um banho.
Ahhhhhhhhhhhhh!!!! Conheci no ônibibus, já em Sevilha, um senhor português que tem cultivos aqui em Tanger ou, pelo que entendi, numa localidade próxima daqui. Foi bom porque viemos conversando. Ele é muito divertido e contou um monte de casos e explicou umas explicações (como diz a Sandra Eiras) muito boas.
Nos separamos em Algeciras, porque ele ia para um dos portos de Tanger (o novo) e eu para o outro (o velho), mas ele foi muito gentil e me ofereceu até uma "boléia" (carona).
Adivinhem o nome dele?  Mário! hahahahahahahaha...
Já falei com o Rachid e estou agora esperando porque ele disse que daqui a pouco vem no hotel.
Vou dando notícias conforme seja possível conectar à internet.
Amanhã saímos para o circuito.
Já não estou mais tão ansiosa... o Marrocos me acalmou.
Cafezinho no hotel... adoro isto!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

30 de agosto

Bicho, nem posso acreditar que chegou o dia.
Hoje à noite tô indo pro Marrocos de novo!
Caraca!
Tô muito feliz!
Doida pra chegar.
É uma viagem grande, cansativa...
Saio de Lisboa até Sevilha.
Em Sevilha troco de ônibus e pego outro que me leva até Algeciras, que é do lado de cá do Estreito de Gibraltar.
De Algeciras vou a Tarifa. Tarifa é o local (lado espanhol) onde a gente pega o ferry para fazer a travessia do estreito.
Pego o ferry em Tarifa e desembarco em Tânger, amanhã.
Fico um dia no hotel lá e depois de amanhã, o meu mais novo sobrinho marroquino - o Rachid - vai me buscar no hotel para fazer o circuito.
Não sei se vou conseguir acessar a internet de lá, todo dia, porque tem lugar que não tem sinal, mas prometo que vou tirar um porrilhão de fotos para mostrar pra vocês outra vez como aquilo lá é lindo.
Diz o Rachid que preparou um circuito maravilhoso para mim.O certo é que de Tânger vou para Fez e de lá para o deserto.
Devo dormir uma noite no deserto. E é lá que vou comer na casa da família do Rachid. Sabe que eu tô nervosa com isto? hahahahahahahaha... Eles só falam o bereber.
Aliás, já sei falar duas palavras em bereber que meu professor Rachid me ensinou: wakha (ok) e talmert (obrigada). Se eu for neste ritmo, quando tiver uns 258 anos já sei falar bem o idioma.
Eu achei engraçado porque a pronúncia é bem raspada... a gente fala uáquirrrrrra.
Mas, legal... então tá... não sei o que vou fazer hoje no resto do dia para meu dia passar.
Tô ansiosa pra cacete!
Tô bruxando que nem uma filha da puta, roendo os dentes todos, mas tá safo.
Não posso dormir de dia porque senão vou passar a viagem inteira acordada.
Assim que tiver conexão eu dou notícias, nem que seja pra dizer que tá bom demais!!!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

25 de agosto

Tô aqui nos preparativos para voltar ao Marrocos e muito feliz com isto.
Realmente eu queria fazer umas coisas lá que não tive tempo quando fui com o Europamundo.
Tenho falado todo dia com o Rachid, meu mais novo sobrinho, por adoção. Ele é um bereber (nômade), que vive em Merzouga. A família dele é típica do deserto e ele me adotou como tia (assim como já chama Nery e Diego de irmãos e Simone de tia).
Ele também está entusiasmado e diz que preparou várias "surpresinhas" para mim lá. Uma delas é ir comer na casa dele. Ele tem uma casa de barro, daquelas que eu mostrei nas fotos do Marrocos. Estou ansiosa. Ele tem três irmãos: Fátima, Jamal e Bouchra. A mãe dele é a Zahra e o pai se chama Omar.
Rachid é uma daquelas figuras inexplicáveis no mundo dos homens: nunca foi à escola e fala francês, italiano, a língua bereber e... pasmem! português.
Tenho ajudado ele com a nossa língua e ele tem feitos progressos sensíveis.
É incrível como Deus tira com uma mão e dá com a outra.
Nestas andanças para organizar minhas coisas para o Marrocos, me aconteceram coisas engraçadas e surpreendentes.
Conheci um casal de russos em frente ao El Corte Inglés. Eles não falam nada de idioma algum, a não ser arranhar o inglês, mas muito pior do que eu. Queriam ir ao shopping Amoreiras e o El Corte Inglés é longe de lá pra kct. Por incrível que pareça conseguimos nos comunicar. Não deu tempo de saber nada de pessoal sobre eles, mesmo porque a barreira da língua (a não ser para ensinar o caminho do shopping) foi praticamente intransponível.
Anteontem foi a vez de um casal da Georgia... não aquela dos Estados Unidos, mas da Europa Oriental. A mulher se chama Sveda e o marido tem um nome daqueles impronunciáveis... mas não ia adiantar muito, mesmo, porque eu não ia lembrar. Eles queriam ir ao Museu Gulbenkian. Ela é armena de nascimento e, como eu, arranhava o inglês. Foi muito legal, porque eu estava indo pros lados do museu e eles foram junto comigo.
Engraçado que quando eu falo que sou brasileira eles logo falam de carnaval, futebol e de mulher bonita. Diz a Sveda que o marido dela gosta muito das brasileiras (hahahahaha).
Eu nunca pensei que tivesse inglês suficiente na ponta da língua nem para não poder passar fome em lugar nenhum, mas tenho me surpreendido com a minha capacidade de me comunicar nesta língua.
Tô "minhoca da terra", mesmo, como diz minha amiga Rose, de Mato Grosso do Sul...dando informações de tudo para todos.
Passei uns dias meio deprimida aqui, com saudades de casa e vontade de chorar, mas agora acho que esta fase já passou. Eu me obrigo a sair de casa todo dia e tenho preferido fazer meus trajetos a pé, para gastar energia e para me ocupar.
Lisboa, apesar de "boa" - ou melhor, ótima - já não é tão surpresa assim para mim e por isto corro o sério risco de cair na rotina e isto eu não quero.
De resto, é dando faxina na casa, lavando roupa, cozinhando para mim mesma.
Quem diria que eu ia chegar na última metade da minha vida brincando de casinha...

Dona Baratinha no faxinão, com avental de espanhola (a foto é só performance, por isto o salto)

Este é o Rachid. Vocês vão ouvir falar mais dele na minha viagem ao Marrocos.

domingo, 21 de agosto de 2011

21 de agosto

Ontem à noite eu desci pra comer alguma coisa.
Antes, porém, corri todos os caixas eletrônicos das imediações (uns 8) e não consegui tirar dinheiro, DE NOVO!!!
Puta que o pariu, Rendimento Visa Travel Money!!! Vocês são fodas!!! Pior é que não me dão nenhuma resposta.
Well...  mas comi e fui pro hotel dormir, puta da vida, por causa do lance do dinheiro.
Acordei hoje cedo e fui passear. Fiz o circuito das pontes e o circuito dos castelo e achei o Porto muito lindo. Especialmente o povo, que é muito caloroso,. ao contrário do que eu tenho reclamado até agora.
Tentei de novo tirar dinheiro em Matozinhos, em Vila Nova de Gaia e no Porto... perdi a conta dos caixas eletrônicos.
Minha grana tava curta... fiquei com medo de não ter como voltar pra casa amanhã e antecipei a minha volta para hoje. VTM Rendimento? Vai pra puta que pariu!!!










20 de agosto


Bom... vamos lá de novo...
Tudo planejado para ir pro Porto hoje, mas eu estava com uma intuição da porra de que eu ia perder o trem.  Não deu outra! Não sei por que cargas d’água meu celular desligou sozinho e não despertou.  Acordei às 8 da manhã, exatamente a hora que ele tava saindo de Santa Apolonia.
Daí fiquei pensando: seria isto um sinal divino para eu não ir para o Porto? Cheguei à conclusão de que Deus era um cara muito ocupado para ficar se imiscuindo na minha ida ao Porto. Vencida esta primeira neura – o que foi uma vitória pra mim – comecei a pensar, então, a que horas eu iria.
Tudo arrumado..,. tomei um banhozinho... tá... vou lá pelo meio dia.
E saí de metro azul pra Santa Apolonia.
E saí meio dia, mesmo, no AP – Alfa Pendular, que é um trem muito bacana.
A viagem foi tranqüila e tive de redimensionar a distância que eu achava que Coimbra ficava de Lisboa. Até então eu pensava que Coimbra ficava no meio do caminho entre Lisboa e Porto e, pelo que vi hoje, não é... é mais pra cima.
Cheguei no Porto quase às 3 da tarde (para quem ia chegar meio dia...), peguei um táxi em Porto Campanhã pra ir pro Hotel dos Aliados.
Eu sempre gostei de história (menos na época da D. Ione da Matta Machado, claro!) e escolhi o hotel por isto. Achei ele charmoso na internet e num lugar com muitos prédios históricos.
Quando eu cheguei aqui já não achei ele tão charmoso assim, mas o lugar ainda era legal (aliás, não sei como eles conseguiram  fazer este lugar parecer plano na internet).
Trâmites da recepção e como bem observou minha amiga Mariela hoje no Facebook, parece que os europeus todos estão de TPM: olhos revirados e narizes torcidos... eu diria que é mais uma síndrome de bosta no bigode... a pessoa te olha com aquela feição de quem está com um tolosco de bosta colocado bem debaixo do nariz... mas deixa pra lá de novo!
Então... cortesia européia na minha recepção  e descobri que a porra do meu hotel é um local livre de fumo! Puta que o pariu! Só eu, uma fumante inveterada, vou escolher um hotel onde não se pode fumar! Sou uma besta,mesmo.
As instruções da recepcionista me deixaram com a pulga atrás da orelha. Ela fez questão de frisar que eu não podia receber visitas no meu quarto... fiquei matutando se ela tava pensando que eu era puta, mas na minha idade, o máximo que a gente consegue, neste particular, é ficar puto da vida com alguém.
Well... subi pro apartamento e – segundo choque – meu apartamento era um apErtamento... lembrei da Ellen. Garanto que ela ia ficar deprimida se visse este quarto. Mas depois que Nery e eu ficamos naquele muquifo em Nápoles acho que me encontro vacinada para estas pocilgas.
Nem esquentei o apartamento, porque só tirei a calça jeans – tava um calor da porra – coloquei minhas inseparáveis Havaianas e fui pra rua. Queria testar o trajeto do hop on hop off daqui.
São três linhas e eu peguei a laranja, hoje, que roda pelos sítios históricos. Achei meio fraquinha a narração da mulher lá, mas os prédios são maravilhosos. Alguns lugares me lembraram muito Olinda e Salvador, principalmente os que eu vi perto do rio Douro.
Bom... tive uma panorâmica da cidade e achei legal. Amanhã continuo a exploração.
O yellow bus para aqui pertinho  e daí fica mais fácil. Amanhã vou rodar no rosinha, que faz os castelos. Vamu vê.
Lanchei – sabe que eu não almocei hoje? – e voltei aqui pro hotel.
Descobri que esqueci de trazer adaptador para recarregar o celular. Putz! Como é que eu vou fazer (e nem adianta dizer que é para ligar ele no computador, porque eu esqueci de trazer o cabo, também... assim como esqueci de trazer o cabo da cam para descarregar as fotos). Tem problema não... são só dois dias.
Vou tomar um banho agora, me arrumar que nem gente e descer daqui a pouco para ver se como uma comida de ser humano. Tenho trauma de passar fome em hotel de noite e neste meu aqui não tem nem frigobar no quarto.



Eu adorei este casario


Taí meu hotel

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

15 de agosto

Eu sei que eu vivo pedindo desculpas por não ter postado nada... mas cada dia tem um motivo especial, além da preguiça.
Olha, hoje era o quarto dia que eu tava tentando tirar dinheiro com o meu VTM e não conseguia.
Eu já tava ficando desorientada... só tinha umas pratinhas na bolsa e nada de conseguir sacar.
Sexta-feira eu fui em Santa Apolônia, na estação do Oriente e no El Corte Inglés, além dos caixas aqui perto de casa e nada... acho que peguei uns 6 caixas eletrônicos que me informavam que o serviço estava unavaiable.
Tentei falar por telefone com o número de Portugal que o pessoal do VTM me deu e eles informavam que o número não existia.
Tentei com o telefone do Brasil e a mulher demorou 500 horas, comeu meus créditos todos do Skype e, por fim, eu desliguei sem querer e me fodi mais ainda.
No sábado, todo lugar que eu ia eu enfiava o cartão do VTM... nada!
Domingo eu já tava desorientada. Resolvi que ia fazer uma doideira. Acordei e fui descendo até a Praça Marquês de Pombal, depois pela Liberdade, Restauradores, Rossio até o Terreiro do Paço. Todo caixa eletrônico que tinha eu enfiava meu cartão para tentar tirar dinheiro. Mesma mensagem. Acho que enfiei meu cartão umas 50 vezes... até perdi a conta...
Mandei e-mail pro VTM e a mulher me respondeu com uma mensagem padrão, dizendo que o VTM tinha puta que o pariu de milhões de caixas eletrônicos no mundo e que era para eu ver qual era o mais perto de mim.
Fiquei puta da vida. Respondi pra ela que era para pelo menos ter a dignidade de ler o que eu tinha escrito e depois me dava uma resposta decente. Vocês deram? Nem ela!
Eu tinha combinado com minha comadre Nery - com quem o mesmo já tinha acontecido (eu só não tava lembrando disto) - que ontem, domingo, eu ia lá no shopping Amoreiras. Porque o cartão dela funcionou lá, quando deu o tilt com ela. Fazer que nem torcedor supersticioso, que quando o time ganha fica usando a mesma camisa, mesmo sem lavar...
Pois é... era hoje...
Saí daqui de casa, andei uma quadra e cheguei no caixa eletrônico mais perto. Enfiei o cartão... uia... ele pediu a senha... eu dei... ahhhhhhhhhhhh!!!  era um unavaiable com pedido de senha...
Fui descendo (Diego, desta vez não errei o caminho do shopping Amoreiras)...vi um caixa eletrônico... o caixa eletrônico me viu... eu olhei pra ele... ele me olhou diretamente nos olhos... enfiei, suavemente, meu cartão... forneci minha senha... ueba!!! ainda tava funcionando... digitei as merrecas que eu queria e: presto!!! funcionooooooooooooouuuuuuuuuuuu!!!
Aí eu fui no shopping e comprei um rímel que parece que a gente tá de cílios postiços, que eu tinha visto uma propaganda na TV em Madrid e voltei feliz da vida pra casa (tudo isto a pé).
Cheguei aqui, fiz meu almoço lindo e ajaezado. Até tirei foto.
Arrumei a casa.
Brinquei de Farmville, Frontierville, Fishville, Petville, Monsterville, Cityville... e mais uma meia dúzia de villes...
Agora é quase meia noite e eu tô esperando minha colheita para ir dormir...
Em compensação, olha na foto o presente que Deus me deu hoje...
De quebra, ainda achei esta foto do meu filho lindo na cam...

Meu pratinho super, ultra, hiper ajaezado!

Presente de Deus pra mim hoje: lua maravilhosa!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

11 de agosto

O "governo" não me deu os 3 dias de luto oficial, portanto tô na área de novo.
Diego foi embora dia 09 de agosto. Ontem fiquei esperando o morfético do Felipe. Diz ele que ficou aqui na porta uma hora e meia... Nery, Marcelo Ribeiro, Simone e Diego... vieram todos e não tiveram problema em entrar aqui... portanto, acho que deve ser um leve probleminha que eu não vou dizer qual é.
Sumiu, também! O celular tá fora de área, sms é rejeitado e não respondeu minhas mensagens no facebook. Foda-se, então.
Ontem fiquei de plantão em casa, de manhã, esperando o senhor Felipe. Saí por volta do meio dia, porque também sou filha de Deus e precisava almoçar e não ia fazer almoço nem fodendo!
Daí, aproveitei e dei uma chegadinha em Santa Apolônia.
Vocês não tem NOÇÃO do calor que tava fazendo... cheguei em casa arriada!!!
Passei o resto do dia esperando o senhor Felipe, porque o Diego me falou pelo msn que ele tinha vindo aqui e eu  não tinha atendido a porta. Não apareceu de novo.
À noite eu tomei um pifa de wisky... semana do dia dos pais ainda é foda pra mim, mesmo tendo tanto tempo que meu pai morreu... ainda junta com a ida do Diego...
...mas... hoje fui buscar o celular do Di na Fodafone... ele me deu todas as instruções. Era pra descer do metro em Alto dos Moinhos (que eu achei), na saída do Hospital Lusíadas (que eu não achei)... e andar para o meu lado direito e virar a primeira rua (que não tinha) e seguir uma rua de curva (que eu não tenho noção até agora de qual é) por uns 900 metros, até encontrar uma rua em "t" (pra mim era uma rua em "p" = puta que pariu!!! onde está esta porra desta rua?)... depois disto era só caminhar alegremente até uma rotatória onde estaria a loja da Fodafone.
Bom... claro que não fiz nada disto... me perdi gostoso... vagueei pelo Alto dos Moinhos e por Benfica até que um abençoado de uma farmácia me deu a direção para achar a tal da rotatória.
Era só andar um pouco (uns 5 km, mais ou menos) e virar a segunda à direito... gente... o que demorou para chegar na primeira à direita, com o calor que tá fazendo aqui... eu parecia tampa de marmita, toda suada... minha cara tava escorrendo, minha camiseta começou a ficar toda manchada de água... e a burra aqui de calça jeans e tênis...
Por fim, quando eu achei a tal segunda à direita vi um monturo (parecido com aquele que tem na Praia do Canto, em Vitória) com um globo terrestre e, na frente, a loja da Fodafone.
Peguei a senha 34 (elas - as lesmas) estavam atendendo a 22.
Eu suava... resfolegava... e elas lerdando... me abanei com papel... puta que o pariu!!! será que a Fodafone não tem vergonha de ter uma loja sem ar condicionado ou com uma bosta de ar condicionado daqueles?
Por fim, fui chamada... já estava sentindo meu rotweiller interior começar a rosnar... a mulher me perguntou se eu tinha recebido o sms da Fodafone... só que eles estavam com o aparelho... me deu vontade de falar que meu cu era um leitor de chip da Fodafone... mas engoli... aí ela foi que nem um caramujo, naquela pressa toda, buscar a merda do telefone, que eu já comecei a odiar, também!
Quando trouxe, me disse que não sabia se estava desbloqueado. Tirei o chip do meu, coloquei no novo do Di... tinha de digitar o PIN dos dois... digitei... testei.. funcionou... e eu doida pra meter a mão naquele computador da mesa dela e jogar aquela merda toda no chão...
Saí... pensam que acabou? Kbô não! Sentei num restaurante... vou comer, porra!!! também sou filha de Deus... e tomar uma coca zero maravilhosamente gelada!!! Pedi arroz de pato! Kbô... então pega o arroz de pato, junta com o chip e enfia no orifício circular corrugado, também!
Saí dali, olhei pro outro lado e... oh! maravilha! - um supermercado com cafetaria e tabacaria...eu precisava comprar manteiga e comprei. Eu precisava comprar cigarro e comprei. Eu precisava comer alguma coisa e comi! De quebra, comprei umas batatinhas para o meu ratinho noturno.
O calor só piorando... lembrei de Maria Angélica Batista Nery... tomei um táxi e vim pra casa. Agora acho que vou encher a banheira de água fria e ficar nadando lá.
SE der, mais tarde, eu vou lá no El Corte Inglés para despachar o aparelho celular do Diego... mas desde que não esteja este calor do kct... se estiver, vou amanhã, depois que "seu" Manoel (aquele pedaço de mau caminho) vier consertar a descarga.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

09 de agosto

São 05:59 da manhã.
O táxi acabou de sair daqui de casa levando o Diego para o aeroporto.
Já estou com a cara inchada de chorar.
Segurei o tanto que pude enquanto ele esteve aqui, porque sei que tanto para mim quanto para ele seria muito difícil esta separação. E eu sempre tenho de aguentar, né? É tradição!
Afinal, muito embora eu tenha irmãos, nossa família é muito pequena: ele e eu. Assim nos acostumamos a viver.
Somos uma família peculiar. Um núcleo de dois náufragos que vem se salvando um ao outro ao longo desses quase 21 anos.
Vou sentir falta dele, apesar de tudo: da bagunça, da preguiça, do silêncio... afinal, acho que o amor deve ser isto: a gente querer ficar perto apesar de...
Agora já sei o que vou fazer: mergulhar na faxina... Só vou dar um tempinho para os vizinhos acordarem porque senão me expulsam do prédio.
Começa, para mim, uma nova fase aqui na Europa. Estou sentindo que vou passar por um período de introspecção e tenho de me cuidar para não cair em depressão. Atividade, atividade e atividade!
De alguma forma, acabaram-se as visitas. Licéa só em meados de setembro.
Vou ter de me reacostumar comigo mesma.

08 de agosto

Ontem fomos no zológico e o Diego gostou muito. Me surpreendeu, porque eu achava que era um programa do qual ele não ia gostar. Não só gostou como participou e, de mapinha na mão, acabei descobrindo no zoológico coisas que não tinha visto na minha outra visita lá.
É como eu digo: todo mundo tem sempre alguma coisa para nos ensinar.
Amanhã já é hora de ele voltar ao Brasil e eu voltar à minha rotina.
Sei que vou sentir falta dele, mas é assim mesmo: nós dois somos sobreviventes de várias coisas. Vamos sobreviver a isto também.
A vinda do Diego foi uma experiência completamente diferente para mim aqui. Primeiro, que cheguei à conclusão de que não sou companhia para ele, porque não aguento acompanhar o pique, por um lado. Por outro lado, gostei de ver como somos diferentes, apesar de sermos parte de um único todo e ele uma interseção de mim com o divino.
Já estou me preparando para um período de banzo... comecei a arrumar a casa e provavelmente vou mergulhar nestes afazeres pelos próximos dias, para afastar um pouco a saudade que vou sentir dele.
Tenho planos para estes meses que me restam na Europa.
Preciso conhecer um pouco do norte de Portugal.
Em setembro, insh'Allah, volto ao Marrocos para ver o que ainda não vi: gargantas do Dades, cascata de Marrakesh e, principalmente, para passar uma noite no deserto, o que é a minha maior vontade atualmente. Tá tudo mais ou menos resolvido com o Rachid.
O deserto me tocou.
Aquela imensidão de areia na minha frente... o por do sol... o silêncio que às vezes me sufocava nos poucos minutos que fiquei lá... tudo isto me marcou.
Só não chorei porque tinha um monte de desconhecidos, mas se der vontade, desta vez vou chorar.
Final de setembro, início de outubro, tem o cruzeiro na Grécia, que vou fazer com a Licéa.
Lili deve chegar aqui no dia 12 de setembro e vamos andar por aqui... ainda não sei onde e não quero, também, fazer muitos planos.
Depois disto, é começar a arrumar as malas para voltar ao Brasil.
Estou me sentindo em casa em Lisboa, mas o cheiro da minha casa em Belo Horizonte me faz falta.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

05 de agosto

Nossa, gente, a preguiça do Diego é contagiosa!
Puta merda!
Ele depois que ganhou o telefone novo fica na cama o dia inteiro mexendo com telefone e computador! hahahahahahahaha...
Não sei quem ele puxou sendo tão adicto assim.
Ontem fomos no castelo de São Jorge.
Hoje fomos na Torre de Belém e blá-blá-blá!
Diego não é dos convidados mais entusiastas... eu gostei mais de levar a Simone lá, porque via o encantamento nos olhos dela.
Tirei fotos, sim, mas do Diego... tem tempo que não tiro foto minha! E este blog é meu e não vou ficar postando fotos dos outros (huahuahuahuahuahuahua)
Mas... tá muito bom o Diego aqui. Ontem fomos comer uma coisinha lá na Restauradores, à noite. A rua estava muito fresquinha e dentro do bar uma estufa. São experiências novas que eu estou tendo com o Diego aqui porque raramente saí à noite.
Estou insistindo com ele para irmos na Costa da Caparica, mas ele num tá querendo porque é longe.Tentei convencê-lo contando que lá tem top less, mas não adiantou! hahahahahahahahaha... afinal enfrentar o metro, ferry e autocarro não é pra qualquer um... só eu e a doida da minha comadre que topamos uns programas de índio destes!
Ainda não faço a menor idéia do que vamos fazer amanhã.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

03 de agosto

Olha, eu tô uma bosta, mesmo!

Postei dia 31 de julho e depois, nada!
Acho que é meu Ramadan particular...
Aqui... sabe que que aconteceu? É que, primeiro, eu achei que segunda-feira fosse domingo... tô perdendo a noção de tempo... uma doideira... depois parece que a semana ficou curta demais.
Anteontem - dia 1º de agosto - eu nem sei mais que que eu fiz com Diego... hahahahahahahahahaha... esqueci completamente!
Ontem fomos na feira da ladra e isto merece um comentário mais prolongado. Fiquei constrangida com a decepção nos olhos do Diego! kkkkkkkkkkkkkkkk
Gentche, ele parecia Nery, em Nápoles, quando viu aquela montanha de camelôs africanos!
Meu coração de mãe doeu tanto que resolvi levar ele no Freeport, um shopping outlet que tem em Alcochete (não é muito perto, não)... aí ele a-d-o-r-o-u!!!
Comprou umas roupitchas e de quebra ganhou um celular (claro que o piolho de metal estragou o dele de menos de um ano!) presente de aniversário e de natal adiantados!
Desde ontem ele tá brincando com o celular.
Hoje de manhã fui pagar contas de água e gás nos Correios do El Corte Inglés. Aproveitei para botar crédito no celular do Di, porque, aqui, para desbloquear o telefone tem de pagar uma taxa. Ele já está esperando a mensagem da Vodafone (eu disse VODAfone e não FODAfone) dizendo que o aparelho está desbloqueado.
Nós iríamos ao Castelo de São Jorge hoje depois do almoço, mas na hora que a gente tava almoçando Diego começou a passar mal do estômago. Ele acha que foi o creme de leite que estava comendo.
Por opção dele, não vamos sair hoje... tá lá dentro deitado, feliz da vida, brincando com o celular...
Ah! Só pra completar... mais uma multa do Diego... e eu sem saber como vou comprovar no DETRAN-MG que não fui eu a infratora... como vou fazer a defesa de tão longe? Na próxima - tá prometido - ele perde o carro.
Saco!
Aqui no blog não tinha de ter estas coisas... mas estão acontecendo durante a viagem... tenho de contar.
Aaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!! E por falar em contar... a descarga da privada estragou! Acho que vou ter de ligar pro "seu" Francisco para ele mandar aqui o Supermanel, aquele negão lindo de olhos verdes...
melhor esperar Diego ir embora, né?
...vai que rola...